sexta-feira, 11 de abril de 2014
Este texto não é meu, mas eu juro, eu mesma poderia ter escrito letra por letra, porque fala a verdade, quem nunca passou por isso?! Portanto, aproveitem a sabedoria deliciosa de Julia Faria!
Vou lançar um padrão aqui que tenho visto se repetir para ver se vocês se identificam, tá? Mais ou menos assim: O cara te escolhe. Começa a te seguir em todas as suas redes. Você nem reparou nele. Ainda. Mas aí ele te segue em tudo, chama sua atenção, te dá atenção. Ele sinaliza que tá afim. Pediu para ser amigo no face. Seguiu no instagram. E quando te encontrou na night gastou uma noite inteira te trabalhando. Conquistando. “Pô, esse cara é bom!”, você pensa. Focado. Me quer.
Tem uns que investem anos. De pouquim em pouquim. Aí você pensa “me quer muito”. Tá empenhado. Pronto, ele já acendeu um alerta na cabeça da carente que nem achava ele lá essas coisas mas que depois desse tanto de atenção e do tempo investido começou a vestir roupinha de príncipe.
Tem uns que investem anos. De pouquim em pouquim. Aí você pensa “me quer muito”. Tá empenhado. Pronto, ele já acendeu um alerta na cabeça da carente que nem achava ele lá essas coisas mas que depois desse tanto de atenção e do tempo investido começou a vestir roupinha de príncipe.
Você nem se dá conta e já tá no instagram do sapo que virou príncipe cheia de sorrisinhos. Sabe quando a boca sorri sozinha? E você percebe o sorrisinho safado que tá dando e se pune mentalmente? Então… Estão me acompanhando, né?
Aí ele pega seu whats. Sabe lá Deus como ele aparece no seu WhatsApp colorindo t-o-d-o-s os seus dias… Do bom dia até o boa noite. Putz, ele não comete erros de português. (#ôhglória!) Ele tem sacadas ótimas. Te faz rir. E declara o quanto te deseja. Te faz sentir desejada. Cava intimidade. E consegue rapidamente ela.
Nesse momento você já tá falando com esse cara 24horas por dia. Você sai de uma reunião importante e tem mensagem dele perguntando se fechou o negócio. Oi? Uma semana atrás eu mal conhecia esse moço e ele tá por dentro até do meu jurídico? Oi? Socorro! E a gente ama que ele esteja… Mais um sorrisinho safado quando encontra a mensagem dele depois da reunião.
Sorrisinhos safados mil a cada mensagem dele que chega. As milhares de vezes que ele te procura ao longo dos dias registrando que você não sai da cabeça dele. E, nessas, ele vai entrando cada vez mais e mais dentro da sua… Aí babou… Esquece. Perdeu a batalha!
Terreno arado. Pronto. Você já está derretida e certa de que esse cara tá na sua. Pô, não tem como ele administrar mais que uma nessa intensidade. Isso que ele tá vivendo é só comigo. Só pode ser só comigo. Sei que esse cara tá na minha! (A gente sempre sabe… Ou ACHA que sabe!) A pessoa já se sente namorada sem nem ter tocado, sabe? Quem nunca, vai? Duvidooooo!
Então… Aí o encontro acontece. O beijo acontece. Você ouve fogos de artifício e pensa que enfim chegou sua vez. “Como eu não tinha olhado para ele antes?”. A química rola super e você já tá completamente entregue aos braços do bofe. Fazendo planos. A cabeça já tá nos filhos lindos que vocês fariam. E que delícia que é ser escolhida. Conquistada. Bem tratada. Ele escolhe o vinho. É doce quando tem que ser. Sagaz. Inteiro. Maneiro. Malandro. Por hora do falando da malandragem boa… Um pitadinha de malandragem que acho que todo homem tem que ter. Jajá chego na malandragem que não é lá tãaaao boa assim…
Ok. Estamos nas nuvens. Tudo muito bom, tudo muito bem. Que noite deliciosa… Daí, vem o day after. E não tô falando nem que a personagem da história tem necessariamente que ter transado (posso usar essa palavra aqui? Posso, né?) com o fofão não. Nada. Isso não é uma regra. Quando digo dia seguinte, me refiro ao dia que você saiu com o cara e ele percebeu que a gata que nunca tinha olhado para ele antes está c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e encantada. Na dele. All in, sabe? Aí, meu bem… Controle do vídeo game tá com ele.
Dia seguinte? Cri cri… Cri cri… Cri cri… (Alerta barulhinho de grilo!) Ele te escreveu com aquele bom dia delicioso de sempre? Lembrou da sua reunião importante? Te mandou foto no meio do dia? Deu like em t-o-d-a-s as suas fotos do insta como andava fazendo? Não? Nada dele aí? Pois é… Nem aqui! Nem na Lu, minha amiga musa dos meus textos (já é o segundo que ela ganha!) que me ligou pedindo para escrever sobre o assunto. Na real ela tava tão brava que ela queria era ter um lugar como esse nosso para ela poder escrever para o mundo o bobão que ele foi com ela. Ok, Lu. Eu disse que escreveria, né? Demorou mas saiu. Tá aqui o seu texto! 
O que aconteceu com a Lu? O mesmo que aconteceu com a gente personagem da historinha que contei. Do padrão que tenho visto se repetir com várias amigas. Ele focou. 5 anos, Brasil! 5 a-n-o-s atrás dela. Conquistou. Conseguiu. Entrou com pé na porta da vida dela e depois que pegou – uma única vez, tá ok? – se despediu e não voltou nunca mais. Uhum… Chá de sumiço. Sem uma explicação. Sem peso na consciência.
As vezes me pergunto se eles têm consciência! Porque se deixo um cara falando sozinho, mesmo que eu nunca tenha dado qualquer sinal de que o negócio rolaria, mas se ele insiste e eu dou uma resposta mais direta para deixar claro que não vai rolar, aquilo já me deixa meio mal, sabe? Culpada… Imagina essa gente que brinca com o coração dos outros por aí?! Eu hein….
Lu me disse no meio do seu desabafo uma coisa que faz muito sentido. Ela disse assim: “Pô, amiga, nada mais apaixonante do que cara de homem apaixonado. Tava na cara dele. Ou eu leio muito mal ou ele finge muito bem, o que é uma puta sacanagem”. Eu sei, Lu… Eu sei…
Ela me ligou depois de guentar – calada – 24 horas de sumiço do fofo depois que saiu da casa dela. Ele foi do Rio para São Paulo só para fazer o encontro acontecer. Era o papo que ele contava, pelo menos… Foi tudo lindo. Dormiram juntos. Acordou, tomou café, desejou bom dia e n-u-n-c-a m-a-i-s. Mesmo depois dela brigar pelos seus direitos, de escrever e perguntar para esse cara (com muita classe!) qual foi, que esse tipo de coisa não acontece sempre com ela (quase um grito de socorro, né?!), ele respondeu meia dúzia de bobagens evasivas e, de novo, nunca mais voltou. Nem uma mensagenzinha sequer.
Os sorrisinhos safados se transformaram em aperto no coração de esperança a cada toque de alerta de mensagem. Mais aperto ainda com a frustração de não ser ele em nenhuma delas. Tem uns (com um pouquim mais de consciência, acho) que até dão umas respondidas. Escrevem uma bobagem e outra e vão saindo de fininho. Menos duro que o chá de sumiço que te deixa sem entender completamente nada. O que sai de fininho vai fazendo a coisa esfriar… Fala qualquer bobagem mas não te chama para sair. Só coloca empecilho e vai sumindo, sumindo, sum…
Os sorrisinhos safados se transformaram em aperto no coração de esperança a cada toque de alerta de mensagem. Mais aperto ainda com a frustração de não ser ele em nenhuma delas. Tem uns (com um pouquim mais de consciência, acho) que até dão umas respondidas. Escrevem uma bobagem e outra e vão saindo de fininho. Menos duro que o chá de sumiço que te deixa sem entender completamente nada. O que sai de fininho vai fazendo a coisa esfriar… Fala qualquer bobagem mas não te chama para sair. Só coloca empecilho e vai sumindo, sumindo, sum…
Chegamos na outra malandragem que citei acima… O lado negro da malandragem masculina. (Sorry, meninos! Mas num geral esse papel é de vocês mesmo…) Que graça é essa? Por que confundir cabecinhas problemáticas (também difícil encontrar uma mulher 100% sã!) e corações completamente dispostos a amar? Queria pegar esse cara que aprontou essa com a Lu, sentar com ele no bar e bater um papo franco, sabe? O ser humano é muito esquisito mesmo… Muito maluco…
O que eu falei para ela? O mesmo que falo para vocês… Se não deu química? Se ele voltou com a namorada? Se ele só queria te conquistar mesmo? Se ele curte a brincadeira e depois perde a graça? Se você tava de mau hálito no dia? Sei lá, né! Kkkk… Vamos considerar todas as possibilidades. Ou melhor, não vamos! Porque elas são infinitas e a resposta você só encontra com ele. Então o que eu digo? Ele não ligou? Liga você. Mulher. Madura. Doce. Objetiva. Ele não te contou o porque sumiu? Pergunta para ele. Pára de remoer possibilidades. Numa boa. Papo adulto. Direto e reto. Pior do que tá, não vai ficar.
Não confie jamaiiiiiis na cabeça de uma mulher (tô falando da sua mesmo, no caso!) com ciúme, machucada ou com ego ferido. Faça isso não… Olho no olho do fofo, pergunte o que rolou, vá musa e diga que é uma pena porque você queria ter experimentado mais. Acenda o pavio da bomba na mão dele e saia você de fininho. Com classe. Desfile. Aí é abrir um vinho com as amigas para dividir o desfecho e brindar mais um aprendizado para contar no final. Como disse a Lu, ou a gente lê muito mal ou eles fingem muito bem…
Vivendo e aprendendo…
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